Wiki AIA 13-17
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Editora: Andressa de Oliveira Coiradas

Colaboradoras: Thais Yuri Miura e Elisa Correia


Filo: Aschelminthes

Classe: Nematoda

Família: Oxyuridaedae

Femea-macho-ovo

Fonte:http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfytgAE/pr-utica-filo-nematoda

Gênero: Enterobius

O  Enterobius vermicularis é um parasito cosmopolita, tendo incidência influenciada por diversos fatores como idade, clima, hábitos e condições.Comum nos EUA, Chile e Europa.

Helminto com evidente dimorfismo sexual, porém ambos os sexos são brancos e cilíndricos. Possuem dilatação na extremidade anterior(dilatação da cutícula) - 2 expansões – asas cervicais. O macho mede de 2-5 mm de comprimento, tem uma cauda recurvada ventralmente com espículo presente e testículo único. A  fêmea chega de  8-13mm de comprimento, possui uma cauda pontiaguda e longa. Os ovos medem cerca de 50-54 µm x 20 - 27µm, com uma casca fina e incolor, convexo de um lado e reto do outro (forma de D), contendo uma larva logo ao sair da fêmea.

Ciclo de vida[]

O ciclo é monoxênico. 

E. vermiculares é o parasito de maior poder de infecção( em 6h os ovos se tornam infectantes).Após ingestão de ovos pelo hospedeiro, sofrem ação do suco gástrico e duodenal, então eclodem larvas rabditóides que sofrem mudanças até chegar ao ceco, onde se tornam vermes adultos. Após a cópula os machos são eliminados com as fezes. As fêmeas, repletas de ovos (5-16 mil) se desprendem do ceco e são arrastadas até a região anal e perianal, onde liberam grande quantidade de ovos já embrionados. Em mulheres, o parasito pode ser encontrado na bexiga, útero e vagina.Não havendo reinfecção, o parasitismo se extingue aí.A duração do ciclo é de 35- 50 dias, que é aproximadamente a longevidade da fêmea.

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Ciclo de vida do Enterobius vermicularis. Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/enterobiase/enterobiase-5.php














Mecanismo de transmissão[]

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Fonte: http://nossomeioporinteiro.wordpress.com/2011/11/27/nematelmintos/

Heteroinfecção, quando os ovos presentes em alimentos ou poeira atingem um novo hospedeiro;

Indireta, quando ovos em poeira ou alimentos atingem o mesmo indivíduo que os eliminou;

Auto-infecção, a criança (raramente adultos) leva os ovos da região perianal à boca.É a principal causa da cronicidade dessa verminose;

Retroinfecção, as larvas eclodem na região perianal(externamente), penetram pelo anus, passam pelo reto, sigmoide,cólon, chegando ao ceco, onde se transformam em vermes adultos.




Patogenia por local[]

Geralmente o hospedeiro só percebe o parasitismo quando sente prurido anal (geralmente à noite), podendo provocar irritação e insônia ou quando vê a presença do verme nas fezes.

Intestino: processo inflamatório com exudato catarral por atuação da mucosa.Não há lesão anatômica (mucosa não penetrada).

Perianal e perineal: prurido, ritação e processo inflamatório

Ceco: não possui relação com apendicite, apesar de estar no local.

Vulva e vagina : fêmeas fazem irritação no local (vulvovaginites)

Clínica:[]

Muitos casos são assintomáticos

As manifestações digestivas registradas são náuseas, vômitos, dores abdominais, tenesmo e raramente evacuações sanguinolentas. Pode ocorrer ligeira eosinofilia (4 a 15% de eosinófilos). Raramente causa lesões graves.

Os sintomas associados à migração da fêmea grávida são : prurido noturno, insônia e irritabilidade. O prurido anal noturno é característico desta verminose. 

Em mulheres pode haver ainda migração anal-vulvar, com prurido, corrimento, onanismo, salpingites, penetração através da trompa causando granulomas peritoniais.

Diagnóstico:[]

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Ovo de E. vermicularis – “esfincter retal swab”

->Swab anal ou método de Graham (método da fita adesiva): específico para a pesquisa de E. vermicularis (passa fita adesiva no anus e examina-se direto ao microscópico) e deve se feito logo ao acordar, sem ter tomado banho e sem ter defecado; devem ser repetidos caso negativos;

-> anatomia patológica 

  • Protoparasitológico: não funciona para esta verminose, já que mesmo com meios de enriquecimento, revela apenas de 5-10% dos casos de parasitismo.


Epidemiologia[]

Prevalente em crianças em idade escolar, sendo de transmissão doméstica ou de ambientes fechados.Os fatores responsáveis  por essas circunstancias são:

-> Só humanos albergam o E. vermiculares;

->As fêmeas liberam muitos ovos na região perianal;

->os ovos se tornam infectantes em pouco tempo (6h),são resistentes até 3 semanas em ambiente doméstico e podem contaminar o ser humano por diversos mecanismos;

->o hábito de sacudir a roupa de cama pela manhã facilita a disseminação dos ovos no ambiente.

Profilaxia:[]

-não sacudir roupas de dormir, e sim enrolá-la e lavá-las em água quente (principalmente roupas íntimas);

-tratar pessoas parasitadas, e repetir em duas ou três vezes num intervalo de 20 dias;

-cortar unhas rentes;

- realizar a limpeza doméstica com aspirador de pó;

-aplicação de pomada mercurial ao deitar (na região perianal).

Tratamento: []

-pamoato de pirvínio: 10mg/kg, VO, dose única; - (específico para enterobiose)

-mebendazol: 100mg, 2x dia, 3 dias consecutivos;

-albendazol: 10mg/kg, VO, dose única, até no máximo 400mg;

-Ivermectina (Revectina): 200 µg/kg em dose única em pacientes com mais de 15 kg.

Referências bibliográficas[]

NEVES, D. P. Parasitologia Humana. 11 ed. São Paulo: Atheneu, 2005.

COIRADAS, A. O. Anotação da aula da Disciplina de Microbiologia e Parasitologia. UNIVILLE. 30/08/2013

Enterobíase ou Oxiuríase - Enterobius vermicularis. Disponível em: <http://www.parasitologiaclinica.ufsc.br/index.php/info/conteudo/doencas/helmintoses/enterobiase/ >. Acesso em 31/08/2013.

Links relacionados[]

Enterobíase ou Oxiuríase

Enterobíase

Vídeo: Enterobius vermicularis

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