Editora: Ana Laura Milhazes
Colaboradores: Beatriz Cernescu e Ana Carolina Simoneti
Introdução[]
Imunidade é definida como a resposta à resistência a doenças, mais especificamente às infecciosas. O sistema imunológico corresponde ao conjunto de células, tecidos e moléculas que medeiam a resistência às infecções. A imunologia aborda o estudo do sistema imunológico e de suas respostas aos micro-organismos invasores.
O Sistema Imune COMBATE o Estranho; que são, principalmente, patógenos e tumores.
Ativação do Sistema Imunológico[]
O contato direto entre os receptores de superfície do fagócito e a membrana do corpo estranho é o que ativa o fagócito a destruir o patógeno. Pequenas estruturas do patógeno (proteínas, carboidratos,...) é que são reconhecidas e causam a sensibilização do fagócito.
Deve-se lembrar, porém, que a seqüência protéica de um patógeno pode se assemelhar à uma proteína típica do nosso organismo, e aí gerar uma “confusão” no sistema imune!
Não há uma resposta imunológica padrão. A manifestação clínica depende do local em que se dá a infecção (via de entrada) e quantidade e virulência do patógenos. Lembrando que nesse contexto o termo virulência se refere ao caráter nocivo de qualquer patógeno (e não necessariamente apenas os vírus).
Ex: normalmente os vírus ficam em estado de latência, na base dos nervos. Quando há uma baixa imunidade do indivíduo, eles se manifestam, geralmente provocando uma inflamação dos nervos.
O bom desempenho do sistema imune permite que muitos patógenos que penetram no organismo sejam eliminados antes dessa invasão evoluir para uma doença.
A penetração do patógeno no organismo, gera um processo infeccioso, sendo este caracterizado pela presença de pus e de febre alta, a fim de impedir a proliferação do patógeno. Como resposta a essa invasão, o organismo desenvolve um processo inflamatório, que apresenta-se da seguinte forma:
Tumor: extravasamento plasmático;
Rubor: vasodilatação;
Dor: ativação da cascata de proteínas (cininas), causando dor local;
Calor: a vasodilatação faz com que aumente a temperatura local.
Obs: Não necessariamente uma inflamação é precedida por uma infecção. Para que haja inflamação, basta haver uma lesão tecidual.
Por outro lado, quando o sistema imune está comprometido e não funciona de modo ideal, pode haver uma disseminação do patógeno pelo organismo, seguida de inflamação generalizada; caracterizando assim um quadro de SEPSE.
Barreiras Naturais[]
lllllllllllllAs barreiras naturais impedem a penetração dos patógenos, e podem ser dividas em dois grandes grupos: as barreiras físico/químicas, e as barreiras biológicas. Como exemplo de barreira físico/química temos a pele, os pelos, saliva, muco, cera e lágrimas. Os pelos evitam o contato direto do patógeno com a pele. A pele por sua vez só permite a atuação do patógeno, após este lesioná-la. Já o muco, encontra-se aderido à mucosa (principal via de penetração), e contém agentes permeabilizantes, enzimas líticas, e anticorpos. A barreira biológica é composta microrganismos que habitam o organismo pacificamente (microbiota normal), e que, por competição, impedem o crescimento de outros agentes infecciosos naquele tecido.A partir do momento que o patógeno se instala, ou seja, ultrapassa essas barreiras, ocorre uma lesão tecidual, levando a um processo inflamatório. Tal processo ocasiona vasodilatação e aumento da permeabilidade do endotélio dos vasos
sanguíneos, permitindo que células de outros tecidos passem a agir, através de um mecanismo conhecido como diapedese.
Órgãos Linfóides[]
Pertencem ao sistema linfóide, e dividem-se em órgãos linfoides primários e secundários. Os órgãos linfoides primários são os principais locais onde os linfócitos se desenvolvem. Lá eles se diferenciam, proliferam e amadurecem. São eles a medula óssea (maturação dos linfócitos B) e o timo (maturação dos linfócitos T). Os órgãos linfoides secundários armazenam os linfócitos e induzem a resposta imunológica. São eles os linfonodos, baço, e tecidos linfoides associados às mucosas (MALT).
Referências[]
1. IMUNOLOGIA BASICA , 2007 . Abbas, Abul K. / Lichtman, Andrew H. Elsevier.
2. IMUNOLOGIA ESSENCIAL, 2007. Helbert, Matthew. Elsevier
3. CERNESCU,Beatriz. Anotações da aula da Disciplina de Imunologia. UNIVILLE. 11/03/2013.