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Padronização em sistema de saúde

  Editor: Guilherme Garrido

Colaboradores: Airton J. Camilotti Jr; Danilo Burko; Luiz Gustavo Brandão de Proença; Larissa Fabri; Oquesana Silva

 O que são Padrões? []

     O que você considera um padrão? Quem decidiu que temos que digitar 10 dígitos no telefone? Porque usamos Cm e Kg para acompanhar o crescimento físico? Quem fez a escolha da direção dos carros no Brasil ser ao lado direto do veículo e não o esquerdo como no caso de outros países? Isso são formas de padrões que utilizamos sem dar a devida relevância no nosso cotidiano.

    Quando tratamos de padrões relacionados a gerenciamento de dados, devemos falar de uma linguagem comum, o meio pelo qual a informação pode ser compartilhada e comparada entre sistemas de dados individuais (Integração de sistemas), além disso, para que haja esse compartilhamento, esses padrões devem estar eletronicamente conectados em um ambiente seguro. Um exemplo de insegurança que havia há alguns anos eram as ligações telefônicas que "ficavam cruzadas". A questão de sigilo tratando no sistema de saúde é de muita relevância pois, os dados dos pacientes tanto de consulta quanto pessoas tem que obrigatoriamente confidencias do paciente.

     Os padrões que são desenvolvidos também tem por objetivo, garantir que qualquer informação seja transmitidas de forma clara, indiscutível, diminuindo assim, a chance de ser interpretada por mais de uma forma. Como exemplo de transmissão padronizada no âmbito da saúde são os prontuários médico eletrônico.

 Tipos de Padrões de Saúde []

Existem vários tipos de padrões de saúde. Exemplo:

·         O caso de estabelecer como convenção de calcular a mortalidade infantil em números de casos para cada nascidos vivos.

·         Existem um formato padrão para pagamentos de procedimentos, para solicitar procedimentos.

·         Existem padrões que definem até como que termos utilizar para cada uma das circunstâncias na atenção à saúde.

     Então você não só define mas também classifica os padrões.

     Do ponto de vista da saúde, uma das instituições pioneiras na questão de padronização é a ACADEMIA MÉDICA AMERICANA que começou há várias décadas a estabelecer padrões de comunicações para que houvesse a possibilidade de uma comunicação coerente e clara.

     Os padrões existente hoje são importante em saúde para podermos estabelecer uma linguagem universal. É possível integrar um sistema de gerenciamento de dados de informações clinicas (prontuários eletrônicos) com um sistema que servem só para gerenciar os laudos, ou exames laboratoriais, ou seja, em uma mesma “tela” existe a possibilidade de verificar os dados do paciente e os exames realizados.

    A partir do ano de 2003, a agência nacional de saúde desenvolveu um padrão chamado TISS (TROCA DE INFORMAÇÕES SUPLEMENTARES), que tem como objetivo unificar as guias de todas as operadoras de planos de saúde em um único formato, definido pela agência nacional de saúde. Ou seja, o ministério da saúde tem a capacidade de saber não só quais são os problemas de saúde que mais se destacam no SUS mas também com essas informações agora padronizadas, podem saber quais são as mais relevantes perante aos atendimentos particulares em clínicas e hospitais privados. Com esses dados é muito mais fácil pra que seja feita uma pesquisa de âmbito nacional, ou realizar a simples estruturação, da avaliação medica básica.

     Um exemplo dessa integração de sistemas na prática é o caso do recente programa “Mais médicos”. Com essa integração é capaz do governo ter a noção da real necessidade de médicos em cada região. Entretanto, um problema que foi diagnosticado com esse novo projeto do governo é o caso de um médico que chegou em uma UBS existente há anos com várias equipes de agentes comunitárias montadas e atuantes porém sem um único registro dos pacientes.

    Esse sistema unificado de dados garante que a qualidade e a utilidade dos dados. De maneira que, a partir daí, eu posso não só beneficiar o sistema com a real noção histórica da evolução da saúde do indivíduo mas também do ponto de vista coletivo, onde há a possibilidade de melhorar a qualidade de cada pesquisa. Além disso a eficiência na transação de dados, pelo processo simples no caso de referência e contra referência (supondo que há um atendimento de um paciente em uma cidade no interior de um estado e devido as limitações do local [falta de equipamentos] é necessário ter uma segunda opinião de um especialista então é feito a “referencia” (encaminhar) para alguém que seja especialista. Já a contra referência é o caso do especialista que teve o paciente encaminhado realizar o atendimento e depois retornar informações para aquele médico que fez os primeiro atendimentos durante anos para que possa seguir o acompanhando.)

    Eu consigo não só fazer intereação entre atenção saúde-individuos mas também um sistema dos gestores de saúde do sistema. Eu posso usar o exemplo de São Paulo, que é tão grande que tem varias cidades ali dentro, que existem algumas iniciativas que vao fazer as integrações dos modelos das diversas cidades, que acabam identificando problemas pra recorrência dos casos de saúde daquela cidade.

MÉTODOS DE DEFINIÇÃO DE UM PADRÃO:  []

1.     MÉTODO AD HOC (Significa em português sob demanda) ou seja quando necessário. Define-se um grupo de pessoas ou instituições que tem interesse no desenvolvimento no padrão, que criam uma série de especificações informais sem muito compromisso. A partir dessas especificações informais, é realizado um padrão por meio de um acordo.

      Exemplo: Entre 15 e 20 anos atrás havia um problema nos diagnósticos por imagem. Naquela época começaram a proliferar pelo mundo os sistema de diagnósticos por imagem digitais, entretanto, o uso dessas imagens teve uma evolução tão acentuada que os hospitais não conseguiam acompanhar a evolução dos aparelhos. As imagens de um tomógrafo de uma empresa não serviam para uma ressonância magnética de outra e portanto não era possível integrar imagens de um banco de dado de um aparelho com outro em um mesmo hospital. Foi ai que o colégio americano de radiologia notando esse problema para os médicos convocou as grandes empresas produtoras de aparelhos de imagens pra conversar e, dessa conversa surgiu o padrão DICOM (Digital Imaging Communications in Medicine) para imagens, para que seja possível promover a comunicação de informações de imagens digitais, sem levar em consideração os fabricantes dos aparelhos.

2.     MÉTODO DE FACTO(ele é definido por um fato especifico) É a condição de uma empresa no qual tem um monopólio do mercado, e define um padrão. E portanto todas as outras empresas que trabalham dentro daquele sistema, elas acabam tendo que se adequar.

      Exemplo: A Microsoft que definiu o DOS e o Windows como seus sistemas padrões e inclui estes em todos os seus produtos, e portanto, as outras empresas devem que se adequar a seu sistema, eles se interagem mas de uma maneira absolutamente desigual, a norma do mercado é de propriedade de uma empresa. Nessa situação esse controle da Microsoft acaba sendo pelo método de facto que ela tem a prerrogativa para todos os desenvolvedores de software esse novo padrão.

MODOS DE DESENVOLVIMENTO DE PADRÕES: []

  1.  Método definido pelo governo
Exemplo: um órgão governamental que define um padrão e partir de então o padrão deve ser utilizado, como no caso da Anatel que define os padrões de comunicações. O TISS foi um padrão imposto pelo governo portanto foi um método definido pelo gove
2. ' 'Método Consensual
Um grupo de voluntários representando as partes interessadas participam de um processo aberto para a criação de padrões.
Ex: SBIS/CFM que simplesmente cria um padrão para certificar um registro em saúde no Brasil, houve uma época que para desenvolver sistemas em saúde no brasil cada um desenvolvia como quisesse.

 ORGANIZAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DE PADRÕES[]

     A medida que se desenvolve padrões começou a ser necessário colocar uma ordem na casa: então começou a ter uma série de problemas e duplicidade de iniciativas.

     A American National Standards Institute (ANSI) é uma organização sem fins lucrativo, o qual tem muita importância pois foi a maior grande inciativa em gerenciamento. Essa instituição supervisiona e assiste os desenvolvedores e usuários de padrões.

Ansi

Retirado de: https://www.google.com.br/search?q=ISO&bav=on.2,or.r_qf.&bvm=bv.52164340,d.eWU,pv.xjs.s.en_US.CQsooEYev9Y.O&biw=1241&bih=567&dpr=1&um=1&ie=UTF-8&hl=pt-BR&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi&ei=nQs4UoPvEpLy9gTN-4CgDg#hl=pt-BR&q=American+National+Standards+Institute+(ANSI)&tbm=isch&um=1&facrc=_&imgdii=_&imgrc=QqGAR0V9c6b1PM%3A%3BQ23EsSgkKomEcM%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.apsp.org%252Ffiles%252Fimages%252Fansi%252520logo.gif%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.apsp.org%252FStandards%252Fcontent.cfm%253FItemNumber%253D839%3B525%3B242

     O Comitê Europeu de padronização (CEN) tem um comitê próprio que é o Comitê Técnico 251 que é só de informática em saúde, um grupo de estudioso e interessado que só trabalham com isso. O maior interesse deles é relacionado em comunicação entre sistema de informação em saúde dentro da Europa.  Além de realizar uma importante troca de informações com o ANSI.

CEN-CENELEC-ETSI - European Standards Organizations

Retirado de: https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=European+Committee+for+Standardization&bav=on.2,or.r_qf.&bvm=bv.52164340,d.eWU,pv.xjs.s.en_US.CQsooEYev9Y.O&biw=1241&bih=567&dpr=1&um=1&ie=UTF-8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi&ei=hgs4Ur-fOIzm8gTO84DgBQ#facrc=_&imgdii=_&imgrc=o1-U8n_JcBU5cM%3A%3BI5epZQK9Y-bqqM%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.etsi.org%252Fimages%252Farticles%252FCEN-CENELEC-ETSI%252520-%252520European%252520Standards%252520Organizations.gif%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.etsi.org%252Findex.php%252Fnews-events%252Fnews%252F399-news-release-20-june-2012%3B561%3B173

Exemplos:

  •      Euclides, é um sistema até hoje usado, que faz o interfaciamento (é algo como um meio de comunicação entre dois meios, digamos, o Windows trabalha com conceito de interface gráfica com o usuários, que é diferente do DOS que trabalha por linha de comando. O Euclides integra ou permite a comunicação entre programas desenvolvido para laboratórios e para uso clinico.  
  •      PT007 é um outro sistema desenvolvido para a transmissão de eletrocardiogramas para computadores a distância.
  •      EDIFACT: realiza transmissão de documentos eletrônicos 

     Além dessas duas instituições existe ainda a Public Health Data Standards Consortium que é um consórcio voltado exclusivamente para padronização no mercado americano de saúde público e privado. Eles criaram uma estrutura para poder gerenciar os padrões dentro desse sistema, é o consorcio de desenvolvimento de padrão diferente da ANSI que garante que não deixe ser redundante mas este consórcio não desenvole padrão. Esse consorcio tem múltiplos participantes, ou seja é formado por uma confederação de integrantes voluntarios de agencias federais, estaduais e locais, associação de profissionais e organizações do setor público e privado.. Então toda vez que alguém necessita criar um padrão para algo que não exista pode propor um trabalho para esse consorcio, que é organizado para ter um corpo de direção e o resto é como se fosse AD HOC. Então esses comitês não são permanentes mas eles resolvem problemas quando necessários, isso diminui custos, esses consórcios são contratados sobre demanda, então são prestadores de serviços.

     A nível mundial para organização de desenvolvimento existe a International Organization for Standardization (ISO). No qual tem o Comitê técnico 215, que apresenta como objetivo reduzir as duplicidades e juntar os esforços para sair um único produto evitando redundâncias tanto na área de saúde e co

ISO

Retirado de: https://www.google.com.br/search?q=ISO&bav=on.2,or.r_qf.&bvm=bv.52164340,d.eWU,pv.xjs.s.en_US.CQsooEYev9Y.O&biw=1241&bih=567&dpr=1&um=1&ie=UTF-8&hl=pt-BR&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi&ei=nQs4UoPvEpLy9gTN-4CgDg#facrc=_&imgdii=_&imgrc=_o5bs65zRKZO6M%3A%3BIm139JUTcC-xpM%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.qis.pt%252Fdownloads%252Fmisc220.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.qis.pt%252Findex.php%253Fid%253D205%3B338%3B284

municação (compartilhamento de informação em saúde).

  

 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PADRÕES[]

Etapas de desenvolvimento: como são desenvolvidos padrões?

1ª Estagio de identificação: É o perceber a necessidade de um desenvolvimento de padrão

2º Estagio de conceitualização: Há a definição de caracteristicas padrão, ou seja define-se objetivo e o formato que será utilizado o sistema, é um delineamentoÉ estabelecer exatamente quais são as caracteristicas gerais para esse padrão que precisa ser criado. 

3º Estágio de discussão: Então há um aprofundamento dos detalhes de cada proposta criada. Nessa etapa que há o início das discussões, quais são os pontos críticos, quais são as aplicações. Aqui pode surgir diversas imprecisões, mas até esse estágio, essas imprecisões são toleráveis, porém no próximo estágio já devem ter sido cortadas. São feitas discussões abertas sobre cada aspecto para saber se há algum problema. Além disso, há a redação de um rascunho e após a conclusão deste é feito uma revisão sobre esse rascunho realizando uma discussão dos pontos controversos

4º Estágio de Implementação: A partir de então começa a surgir alguns problemas com implementação daquele padrão. Aquilo que não apareceu até ali em portas fechadas poderá começar a ficar evidente a partir de então.

Várias as versões de padrões são geradas pela revisão e observação continuada, como é o caso das versões betas dos sistemas. A adesão ao padrão criado depende das partes envolvidas e facilitada. 

Os desenvolvedores do padrão que tem o conhecimento técnico passam a ser responsável por sensibilizar o resto dos desenvolvedores de como melhorar o padrão, essa é a importância dos usuários especialistas dando o feed back.

Finalmente desenvolve uma proposta de padrão que passa por um processo de validação pelos usuários

E só então é o votado e publicado o padrão.

A criação de manuais de implementação é fundamental nesse processo.

TEXTOS COMPLEMENTARES - PADRÕES DE USO MAIS COMUM[]

Mesmo que alguns padrões não funcionem da maneira que nós queríamos, raramente os padrões são desenvolvidos sem um extenso trabalho por tras deles.

É importante ter uma leitura complementar dos textos estes poderão cair em prova:

 

CBHPM:  http://www.amb.org.br/teste/cbhpm_2010.htm

CID 10 (DATASUS): http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=040203

CID10 (BIREME) http://trigramas.bireme.br/cgi-bin/mx/cgi=@13?collection=CID10p&k1=LI%20CAPITULO

CID-10 (OMS) http://www.who.int/classifications/icd/en/

TISS - http://www.ans.gov.br/a-ans/sala-de-noticias-ans/operadoras-e-servicos-de-saude/1764-padrao-tiss-versao-30-

 

Snomed – não é cobrado em prova, é um sistema relacionado a nomenclaturaou seja a terminologia na área de medicina é muito pouco utilizado no brasil mas é extremamente rico em detalhes vale a pena saber o que se trata 

HL7 é um sistema desenvolvido para comunicar sistema eletrônicos, ou seja eu consigo através desse padrão gerar um eletro e poder ler isso no prontuário do paciente embora sejam

LINKS EXTERNOS[]

http://www.phdsc.org/

http://www.nlm.nih.gov/research/umls/Snomed/snomed_main.html

http://www.hl7.org/

http://medical.nema.org/

REFERÊNCIAS[]

1 - PELLOSO, Guilherme Garrido. Anotações da aula da Disciplina de Informática em Saúde. UNIVILLE. 26/08/2013.

2 - AGÊNCIA NACIONAL EM SAÚDE SUPLEMENTAR. Manual de Instruções versão 2.1.03. TISS - Troca de Informação em Saúde Suplementar.

3 - BAUERMANN, Gabriela. Exames em DICOM. Publicado em: http://www.imagesurvey.com.br/2009/08/exames-em-dicom/ dia 24 de agosto de 2009. 

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