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Editor: Carlos Ehrl

Colaboradores: Giórgio Tondello, Kurt Neulaender Neto, Lucas Muehlbauer, Rafael Koerber, Tiago Vasconcelos

Lactação[]

Desenvolvimento das Mamas[]

As mamas começam a se desenvolver na puberdade, estimuladas pelos estrogênio do ciclo sexual feminino

Breast

Mama e seu HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Tratado de Fisiologia Médica

mensal, que são responsáveis pelo crescimento glandular e do depósito de gorduras nas mamas. Além disso, ocorre crescimento mais intenso durante os estados de altos níveis de estrogênio na gravidez, assim o tecido glandular se desenvolve para a produção de leite.

Durante a gravidez, a grande quantidade de estrogênios secretados pela placenta faz com que os ductos das mamas cresça e se ramifique e também aumente a quantidade de estroma, sendo depositado grande quantidade de gordura neste. Há outros quatro hormônios que estimulam o desenvolvimento do sistema de ductos: hormônio do crescimento, prolactina, glicocorticoides adrenais e insulina, tendo um papel no metabolismo de proteínas.

O desenvolvimento final das mamas em órgâos secretores de leite necessita de progesterona, causando um crescimento adicional dos lóbulos mamários, multiplicação dos alvéolos e desenvolvimento de características secretoras nesses alvéolos.


Prolactina e a Lactação[]

O estrogênio e a progesterona são importantes no desenvolvimento físico das mamas, mas têm a capacidade de inibir a veradeira secreção do leite. Já a prolactina tem efeito inverso, pois promove essa secreção. Esse hormônio é secretado pela hipófise anterior e sua concentração sanguínea aumenta a partir do quinta semana de gestação até o nascimento do bebê, época que aumentou de 10 a 20 vezes do nível normal. A placenta secreta grande quantidade de somatomamotropina coriônica humana, que também parece ter propriedades lactogênicas, mas devido aos efeitos do estrogênio e progesterona, poucos mililitros de líquido são secretados por dia até após o nascimento do bebê. Esse líquido é chamado de clostro, que contém as mesmas concentrações de proteínas e lactose do leite, mas possui muita pouca gordura e baixa produção. 

Após o nascimento do bebê, a perda súbita da secreção de estrogênio e progesterona na placenta faz com que a

Grafico

Secreção dos hormônios HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Tratado de Fisiologia Médica

prolactina promova a lactação, fazendo com que as mamas secretam leite em vez de colostro, com o suporte de principalmente dos hormônios do crescimento, cortisol, paratormônio e insulina, que fornecem áciods graxos, glicose, aminoáciodos e cálcio para a formção do leite.

O nível basal da secreção de prolactina retorna aos níveis não grávidos nas primeiras semanas depois do nascimento, mas sinais neurais durante a amamentação causam um pico de 10 a 20 vezes da secreção de prolactina. Esse hormônio mantém as glândulas mamárias secretando leite para os próximos períodos de amamentação. Assim, a produção de leite pode durar vários anos se a criança continuar a sugar, embora a formção de leite caia bastante após 9 meses.

Hormônio Inibitório Prolactina

O hipotálamo controla a secreção de prolactina, mas estimula a produção de outros hormônios e inibe a produção de prolactina. Assim, se há compromentimento ou bloqueio do hipotálamo, aumenta-se a secreção de prolactina, enquanto deprimen outros hormônios hipofisiários anteriores. Assim, acredita-se que a secreção de prlactina pela hipófise anterior seja controlada pelo fator inibidor (hormônio inibidor da prolactina) formado no hipotálamo e transportado pelo sistema porta hipotálamo-hipofisiário à hipófise anterior.

Supressão dos ciclos ovarianos

Na maioria dos casos, o ciclo ovariano não retorna até umas poucas semanas depois de a mãe parar de amamentar, o que parece ser causado pela secreção de prolactina no ato de sugar, que inibe a secreção do hormônio liberador da gonatropina pelo hipotálamo. Assim, suprime-se a formação do hormônio luteinizante e folículo-estimulante. Mas, especialmente em mulheres que amamentam seus bebês por apenas parte do tempo, a hipófise começa a secretar hormônios gonadotrópicos para restabelecer o ciclo sexual mensal.

Processo de ejeção do leite []

O leite precisa ser ejetado dos alvéolos para os ductos para que o bebê possa obtê-lo.Isso é causado por reflexo neurogênico e hormonal, envolvendo o hormônio hipofisiário posterior ocitocina. Quando o bebê suga, ele não recebe leite por cerca de 30 segundos, porque é preciso que impulsos sensoriais sejam transmitidos por meio dos nervos somáticos dos mamilos para a medula espinal e depois para o hipotálam, onde se desencadeia sinais neurais que promovem a secreção de ocitocina e prolactina. A ocitocina é levada pelo sangue até as mamans, onde faz com que as células mioepiteliais  se contraiam, transportando o leite dos alvéolos para os ductos. Assim, depois de 30 segundos sugando, o bebê começa a receber o leite, sendo esse processo chamado de ejeção ou descida do leite.

Diversos fatores psicogênicos ou estimulação generalizada do sistema nervoso simpático possam inibir a secreção de ocitocina, deprimindo a ejeção do leite. Por isso, as mães devem ter um período sem transtornos para obter sucesso principalmente no ínico da amamentação.

Composição do leite e drenagem metabólica na mãe []

Componente Human Milk (%) Cow's Milk (%)
Água 88.5 87.0
Gordura 3.3 3.5
Lactose 6.8 4.8
Caseína 0.9 2.7
Lactalbumina e outra proteinas 0.4 0.7

No auge da lactação de uma mulher, 1,5 litro de leite pode ser formado por dia. Assim, grande quantidade de energia é drenada da mãe (cerca de 750kcal por litro de leite). Grandes quantidades de substratos metabólicos são perdidos na mãe. Para suprir as necessidades de cálcio e fósforo, as glândulas paratireoides aumentam significativamente e ossos são progressivamente descalcificados.

Anticorpos no leite

Vários tipos de anticorpos e outros agentes anti-infecciosos são secretados no leite. Diversos tipos de leucócitos

Compo

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 são secretados como neutrófilos e macrófagos, que especialmente destroem a bactéria Escherichia Coli, que poderia causar diarreia letal aos recém-nascidos. Quando o leite bovino é utilizado no lugar do leite materno, os agentes protetores no leite da vaca geralmente são de pouco valor, pois são destruídos dentro do ser humano.


Links Externos[]

http://www.youtube.com/watch?v=KGt7s6wRW3c

http://www.scielo.br/pdf/rpc/v37n6/a06v37n6.pdf

http://pt.oboulo.com/ocitocina-e-prolactina-38478.html

Referências bibliográficas[]

HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Tratado de Fisiologia Médica. Elsevier, 12ª edição, RIO DE JANEIRO, 2011

CONSTANZO, Linda S. Fisiologia. Guanabara Koogan, 4ª edição, RIO DE JANEIRO, 2008

EHRL Carlos. Anotações da disciplina de Fisiologia. Univille 2013

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