Wiki AIA 13-17
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Editora: Lisiane Martins.

Colaboradores: Amanda Lewandowski da Silva, Giovani Meneguzzi de Carvalho, João Francisco Petry, Mariana Ribeiro e Pâmella Kreling.

Absorção

Transferência de um fármaco de seu local de administração para o compartimento central e a amplitude com que isso ocorre.

»     É um dos determinantes de escolha de vias de administração e doses.

»     Se a absorção é lenta, o efeito pode ser retardado.

»     Depende do movimento transmembranas, do fluxo sanguíneo no sítio, extensão e espessura da superfície de absorção e vias de administração escolhidas.

»     Situações fisiológicas (menstruação) ou patológicas (edema, inflamação) a modificam.

»     Pode ser intencionalmente retardada, por meio de complexação do fármaco com outro composto.

Quanto mais lipossolúvel, melhor a absorção do fármaco, pois o medicamento passa mais facilmente pela bicamada lipídica. É importante lembrar que o tecido adiposo é um importante reservatório de fármacos, a exemplo do Diazepam.

Quanto menor o peso molecular, maior a absorção do fármaco.

O medicamento é melhor absorvido na forma não-ionizada, de modo que atravessa mais rápido a membrana celular.

Quanto mais alta a concentração, maior a chance de absorção do fármaco.

Quanto maior a vascularização, maior a absorção.

Órgãos maiores absorvem mais, devido a alta superfície de absorção.

A albumina é a principal proteína que se liga aos medicamentos.

Fração livre: De menor peso molecular, é a fração ativa. É ela que sofre transporte através da membrana, e constitui a menor proporção.

Biodisponibilidade:

»     Proporção (em percentagem) e velocidade de aparecimento na corrente sanguínea de determinada dose administrada. Quando 100% da dose atinge a corrente circulatória, diz-se que a biodisponibilidade equivale a 1. Deve ser levada em conta no cálculo das doses necessárias ao estabelecimento de concentrações terapêuticas.      

»     Pode ser afetada pelo grau de desintegração e dissolução das formas farmacêuticas nos fluidos orgânicos. Fatores que influenciam a absorção de fármacos também fazem variar a biodisponibilidade.

»     Influencia resposta clínica e escolha de doses e vias de administração.

»    Situações clínicas que alteram a farmacocinética também podem modificar a biodisponibilidade (por exemplo a diminuição da metabolização hepática).    

Vias de administração

Enterais – Fármaco entra em contato com qualquer segmento do trato digestivo (vias sublingual, oral e retal)

Parenterais – Não utilizam o tubo digestivo. Dividida em direta e indireta

DIRETA: Compreende as áreas acessadas por injeção (intravenosa, intramuscular, subcutânea e outras)

INDIRETA: as que dela (injeção) prescindem (cutânea, respiratória, conjuntiva, etc).

Cada via pode ser abordada por diversos métodos de administração (injeção, infusão, instilação, deglutição, inalação, sondagem nasogástrica, fricção, etc), nela se usando variadas formas farmacêuticas.

Os efeitos podem ser locais ou sistêmicos.

Via Enteral                                                  

 Via oral

É considerada o método mais utilizado, muitas vezes o preferido devido a mais fácil administração. É considerado também o mais seguro.

Desvantagem: absorção limitada (associada à hidrossolubilidade do fármaco), pois é o fármaco lipossolúvel que atravessa a membrana das células. Pode ocorrer vômito quando um fármaco causa irritação da mucosa gástrica. Assim haverá eliminação do fármaco antes mesmo de ser absorvido. Também pode haver destruição de fármacos por ação de enzimas digestivas ou devido à acidez estomacal, levando a desintegração da cápsula ou comprimido, o que leva à perda de atividade do medicamento. Também pode haver irregularidades na absorção e produção relacionada ao uso do fármaco junto com alimentos ou mesmo concomitante a outro medicamento. Isso porque se o fármaco for usado com alimentos, haverá retardo do esvaziamento gástrico, o que levará a uma diminuição/retardo do tempo de absorção do mesmo. Além disso, alguns medicamentos também se ligam a certos alimentos, e uma vez que isso acontece, também há diminuição da absorção.

Ex: alguns medicamentos que se ligam ao alumínio, ao magnésio, a cálcio. No entanto, pode ser indicado o uso do medicamento junto com a alimentação para evitar irritação da mucosa (é melhor ter a absorção diminuída do que piorar o quadro do paciente). Uma vez ocorrida essa ligação, serão formados complexos maiores que irão impedir a absorção. Então, além de retardar, pode haver perda de parte do fármaco. No caso do uso de dois fármacos ao mesmo tempo, eles podem competir pelo sistema de absorção. Ex: se dois medicamentos utilizam o mesmo transportador, estarão competindo pelo meio de transporte, o que vai fazer com que haja redução da absorção de um (ou ambos) os medicamentos. Os fármacos do TGI também sofrem ação de enzimas, o que diminui então a quantidade de fármacos a serem absorvidos, pois elas irão metabolizar/degradar esse medicamento, formando compostos diferentes que não serão absorvidos. Ex.: enzimas da mucosa intestinal.  

Sofrendo ação de enzimas, há perda da absorção, ou atividade dos medicamentos. A absorção pelo TGI depende da área de absorção: quanto maior for a área disponível, mais rápida será a absorção do medicamento. Também depende do fluxo sanguíneo na área absortiva (quanto maior o fluxo sanguíneo, mais rápida a absorção do medicamento). O estado físico do fármaco (preparação sólida) também é importante, pois se for uma cápsula ou comprimido haverá dependência do tempo de desintegração dessa cápsula ou comprimido para que haja liberação do medicamento, influenciando também na absorção de fármaco. Se for uma solução, o fármaco estará livre e, assim que ingerido, começará o processo de absorção (pois não dependerá da desintegração). Outros fatores envolvem hidrossolubilidade ou lipossolubilidade porque a forma lipossolúvel será absorvida mais facilmente, e concentração de fármaco no local de absorção (quanto maior quantidade houver no local de absorção, mais rápida será). A maior parte da absorção pelo TGI ocorre de forma passiva, mostrando que haverá dependência da lipossolubilidade. E para os fármacos que são compostos iônicos: ácidos e bases fracas dependerão do pH do meio e da lipossolubilidade do fármaco (forma não ionizada do medicamento). Um ácido fraco tende a se concentrar mais num meio mais básico, pois é onde estará mais ionizado (pois ionizado ele não sofre absorção na membrana). De acordo com esse conceito de pH, um ácido fraco será melhor absorvido no estômago, e uma base fraca será melhor absorvida no intestino. Porém o epitélio do estômago é revestido por uma camada de muco, diminuindo muito a área absortiva. A área de absorção dele (1m² ) é muito menor que a do intestino delgado (mais ou menos 200m², devido as vilosidades, o que aumenta bastante a área). Além disso, o fluxo sanguíneo do intestino delgado é muito maior que o do estômago. Então, considerando a área e o fluxo sanguíneo em cada local, diz-se que um fármaco sempre será absorvido em maior quantidade no intestino, e não no estômago. (Independente se ele é um ácido fraco ou base fraca).

Esse conceito de partição de pH vai influenciar: se for uma base fraca no intestino, estará não ionizada, o que irá favorecer uma absorção mais rápida do que se for um ácido fraco, que no intestino estará mais ionizado (pois isso dependerá da cte de dissociação de cada medicamento).

Além disso, qualquer fator que acelere o esvaziamento gástrico provavelmente (ver exceção) irá acelerar a absorção de fármacos pelo intestino, porque a maior parte de absorção é ocorre no intestino (mais rapidamente o medicamento é transportado para o local em que a absorção dele é melhor). E qualquer fator de retardo do esvaziamento irá retardar a absorção do fármaco no intestino. Isso porque o fármaco ficará mais tempo no estômago, demorando pra chegar no intestino delgado e ocorrer a maior parte da absorção do medicamento.  Exceção: vômito, pois levará a perda do medicamento, então não haverá absorção no intestino. Contudo, esse caso não se enquadra na fisiologia normal, é patológico.

Nós também podemos usar por via oral preparações com revestimento entérico. Esse revestimento é útil em fármacos que sofrem destruição em função do pH ácido do estômago ou que sejam irritantes para a mucosa. Esse revestimento entérico impede que o comprimido sofra desintegração no estômago. Se não houver essa desintegração, não será liberado e nem irritará a mucosa gástrica. Essas preparações fazem que o fármaco comece a ser desintegrado no intestino. Só que isso algumas vezes (para alguns medicamentos) também pode diminuir a absorção, por haver um retardo na desintegração. Porém, houve prevenção contra a ação do ph ácido ou contra a desintegração ou irritação da mucosa. Um exemplo de fármaco irritável para o estômago é o acido acetilsalicílico, tanto que indivíduos com problemas estomacais não devem fazer o uso, a não ser que haja preparação com revestimento entérico. O diclofenaco é um medicamento que possui revestimento entérico.

Também existem preparações de liberação controlada. Essas preparações têm o objetivo de fazer com que o fármaco seja liberado e absorvido aos poucos, de forma constante. A vantagem é que se diminui a frequência de administração do medicamento. Geralmente se indica essa preparação para medicamentos que possuem uma meia-vida curta (considerada até 4 horas). Lembrando que meia-vida é o tempo necessário pra que a [ ] do fármaco no organismo seja reduzida à metade. Esse tipo de liberação diminui a incidência e a intensidade de efeito indesejado, pois haverá menor pico de [ ] de fármacos, visto que estará sendo absorvido de forma lenta. Assim, logo que é absorvido já começa o processo de distribuição, e consequentemente metabolismo e eliminação.

Só que, às vezes, essas preparações podem falhar. Por exemplo, se o medicamento desintegrar e liberar todo o conteúdo que há dentro dele. Nesse caso, se falhar, a quantidade liberada seria muito maior do que a liberada numa dose normal de medicamento. Se ocorrer essa desintegração, haverá efeitos indesejados, com maior risco de toxicidade. O que contribui pra essas medicações falharem é a grande acidez estomacal e se forem administrados com uma dieta rica em lipídios (o excesso da gordura pode interagir com o veículo do comprimido, causando maior desintegração e liberação). Isso pode levar então a altas concentrações do fármaco na corrente sanguínea.

Administração sublingual

Administração através da mucosa oral. Para o fármaco ser absorvido através da mucosa oral ele tem que ser lipossolúvel e não pode estar na forma ionizada. Quanto mais lipossolúvel, mais fácil a absorção.
Vantagem: ou pra medicamentos que são destruídos no ph ácido do estômago (instáveis ao pH) ou aqueles que sofram intensa metabolização antes da absorção. Ex: medicamentos que seriam degradados em grande quantidade no intestino ou no fígado, antes de chegar na circulação sistêmica. Assim, o fármaco tem drenagem direta para a veia cava superior, atingindo a circulação sistêmica sem passar pelo fígado. Dessa maneira, o medicamento não sofre o metabolismo hepático de primeira passagem. Já será usado numa dose certa para chegar diretamente na circulação (o que evita a toxicidade). Ex de medicamento: nitroglicerina – se fosse utilizada por via oral, não produziria efeito (seria totalmente metabolizada antes de chegar à circulação sistêmica). É um vasodilatador em pacientes hipertensos que, por via sublingual, é facilmente absorvida (é não iônica e lipossolúvel).

Administração retal

Geralmente usada para obter um efeito local. Mas também pode ser uma via para obter efeito sistêmico. É geralmente usada na forma de supositórios. Opção quando a via oral estiver impedida, como em caso de vômitos. 50% do fármaco absorvido no reto sofre passagem pelo fígado para chegar à circulação. Assim, somente 50% desse medicamento sofrerá o metabolismo de primeira passagem. Isso num primeiro momento é vantajoso, pois pela via oral todo o medicamento passará pelo metabolismo de primeira passagem. Dentre os inconvenientes, está a dificuldade da pessoa querer fazer uso de medicamentos por essa via, além da absorção ser irregular em algumas vezes, lenta ou alguns medicamentos serem irritantes da mucosa anal. Mas o supositório pode ser usado para favorecer a defecação, agindo com efeito local (causando distensão do reto e favorecendo o peristaltismo). Se o efeito for local a biodisponibilidade é maior.

Via Parenteral

A vantagem é que pode ser usada pra medicamentos que, se fossem usados via oral, seriam muito metabolizados antes de chegar na circulação sistêmica. Então ela pode permitir que o fármaco chegue na circulação sistêmica em sua forma ativa. A biodisponibilidade é mais rápida, pois o fármaco irá chegar à circulação sistêmica mais rápido do que se ele fosse usado via oral.

Principais vias parenterais: Intravenosa, subcutânea e intramuscular.

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Via intravenosa, subcutânea e intramuscular. Fonte: http://www.portalesmedicos.com/images/publicaciones/1007administracion_farmacos/graf1.jpg

Além disso, outra vantagem é no tratamento de emergência, pois atinge a concentração máxima na corrente sanguínea em um minuto. Num paciente inconsciente é uma alternativa, pois não pode ser administrado nenhum medicamento via oral. Também é uma alternativa para crianças, pois têm crianças em que há muita dificuldade de fazê-la ingerir qualquer medicamento ou solução, pois acabam “colocando para fora” (e a mãe não sabe o quanto ela ingeriu da solução, ficando difícil completar a dose – principalmente no caso de antibióticos). Dentre as desvantagens: às vezes são dolorosas, dependendo da pessoa; e às vezes é necessário automedicação, precisando da contribuição do paciente para isso (se não tem ninguém para injetar nele, fica mais complicado, principalmente em idosos que possuem mais dificuldade).

A absorção vai depender de difusão simples. Depende então do gradiente de concentração do fármaco existente, entre o local em que é aplicado e o plasma. Esse gradiente que vai favorecer o transporte. Também dependerá do fluxo sanguíneo no local da administração.

Outra vantagem dessas vias é que na membrana endotelial dos capilares têm-se os canais iônicos, que favorecem a passagem dos fármacos hidrossolúveis. Tanto os lipossolúveis quanto hidrossolúveis podem ser usados via subcutânea ou via intramuscular.

Administração transdérmica

Através da pele. Depende da superfície em que o fármaco está sendo aplicado e da lipossolubilidade do medicamento (porque a epiderme é uma barreira lipídica). A derme é que vai permear a maior parte dos medicamentos, a epiderme não. Portanto, quanto maior a lipossolubilidade do fármaco, maior a absorção. A absorção na pele que sofreu abrasão/queimadura será maior porque a região está exposta. A inflamação e qualquer outro distúrbio que aumente o fluxo sanguíneo local e gere vasodilatação também favorece a absorção. A suspensão de medicamento em veículo (onde o fármaco está presente) oleoso também favorece a absorção, porque vai estar de acordo com a lipossolubilidade da pele. A fricção causa abrasão, que aumenta a absorção do medicamento.

Ex.: adesivos de estrogênio, nicotina, para dor muscular.

è A escopolamina age na cinetose (enjoo em resposta ao movimento. Ex.: ao andar de barco ou em uma montanha-russa).

Via intravenosa

O fármaco precisa estar em solução aquosa, porque esse medicamento será lançado diretamente na veia. Assim, a biodisponibilidade será rápida e completa (ou quase completa) quando comparada a outras vias. A injeção tem que ser dada de forma lenta e o fármaco atinge a circulação sistêmica em torno de um minuto.

Desvantagens: Efeitos colaterais, porque há uma alta concentração de fármaco na corrente sanguínea e também nos tecidos. E, uma vez que chega à corrente sanguínea, começa o processo de distribuição desse medicamento, sendo maior o pico de concentração. Assim, o risco de efeito colateral também será maior. O fármaco também pode ser utilizado por infusão intravenosa contínua, através de bomba de infusão. Dessa forma, o medicamento é liberado na veia aos poucos e de forma constante. Isso é muito utilizado em hospitais. O pico de concentração é mais baixo na corrente sanguínea, pois à medida que ocorre o processo de absorção, já estará acontecendo o processo de distribuição também, e consequentemente o metabolismo e eliminação. Dessa maneira, diminui-se o risco de efeito colateral. Outra desvantagem é manter a veia desobstruída, o que às vezes para um paciente hospitalizado não é muito fácil (principalmente em idosos e aqueles que estão mais debilitados).

Além disso, fármacos dissolvidos em veículos oleosos que precipitem no sangue e destruam hemácias e combinação de fármacos que formam precipitados não devem ser utilizados por via endovenosa. É necessário que seja solução aquosa.

Via subcutânea                                                    

Só poderão ser usados medicamentos que não sejam irritantes para os tecidos, caso contrário poderia até haver uma necrose tecidual. A absorção é constante e lenta se o fármaco for administrado na forma de grânulo de depósito ou veículo oleoso. Se for em solução aquosa, a absorção é rápida devido aos canais aquosos que irão facilitá-la. Se um efeito local é desejado, pode ser acrescentado um vasoconstritor a esse medicamento. Ex.: a lidocaína é um anestésico local que possui epinefrina (vasoconstritor) em sua fórmula. A duração desse efeito local vai depender do tempo que o fármaco estiver na região. O vasoconstritor diminui a ação sistêmica e prolonga a ação local.

Via intramuscular

Pode ser usada solução aquosa e oleosa. Na aquosa, a absorção será rápida e poderá ser modulada pelo fluxo sanguíneo. Aquecimento e massagem no local favorecem a absorção, pois aumentam o fluxo sanguíneo e a absorção. Exercício e banho quente também favorecem a absorção. Isso também vai depender do local onde o medicamento está sendo administrado. Ex: deltóide e glúteo. Será melhor absorvido no deltóide, pois há menos gordura.

Se o indivíduo sair andando depois de aplicar a injeção, a sua absorção será mais rápida do que um indivíduo que ficou em repouso, pois o aumento do fluxo sanguíneo favoreceu a absorção no primeiro caso. Já os medicamentos em solução oleosa terão absorção lenta e constante. Exemplo: antibióticos e substâncias irritantes.

Via intra-arterial

Administração do medicamento diretamente em uma artéria, para ter um efeito local e mais rápido. Exemplo: num tumor hepático pode-se utilizar a artéria hepática. Já num problema cardíaco, pode-se utilizar a artéria aorta. A vantagem é que a administração é no local, então não sofre metabolismo hepático de primeira passagem, e também não passa pelos pulmões (onde também há enzimas que metabolizam medicamentos).

Via intratecal

Administração no espaço subaracnoideo (entre as meninges). É importante em função da barreira hematoencefálica e hematoliquórica, que reduzem/ impedem/retardam o transporte de medicamentos até o sistema nervoso. Em função disso, a administração por essa via pode ser eficaz quando se quer um efeito rápido que, se fosse utilizada outra via demoraria muito tempo para chegar até o SN. Ex.: tratamento de infecções agudas no SNC, anestesia espinhal.

Absorção Pulmonar

Os medicamentos precisam ser gasosos e voláteis para poderem ser inalados pelo epitélio pulmonar. O acesso a circulação é rápido em função da área pulmonar ser grande, o que é uma vantagem (absorção quase instantânea). No caso de uma doença pulmonar, o fármaco será aplicado diretamente no seu local de ação (não passa pelo metabolismo de primeira passagem – exemplo da asma). O pulmão também é considerado uma via de eliminação de medicamentos (anestésicos voláteis inalados e eliminados por essa via), além de ser considerado um reservatório de fármacos. O pulmão é uma partição lipídica, podendo armazenar fármacos lipofílicos (bases fracas na forma não-ionizada).

Aplicação tópica através das mucosas

Diretamente nelas, pelo efeito local.

Nos olhos, fármacos oftálmicos administrados diretamente nos olhos (efeito tópico – exemplo do colírio), utilizados para efeito local. Pode ocorrer absorção sistêmica indesejada, porque existe a drenagem através do canal nasolacrimal, fazendo com que chegue à corrente sanguínea sem sofrer metabolismo de primeira passagem, podendo gerar efeito colateral indesejado. No caso de infecção ou traumatismo craniano, há aumento da área exposta, o que aumenta a taxa de absorção sistêmica do medicamento.

Endovenosa, intramuscular, oral

Vias endovenosa, intramuscular e oral. Fonte: Daniela Delwing de Lima, 2013 (ppt utilizado em sala)

è Creatinocinase: está presente no músculo (por isso pode ocorrer sua liberação) e é uma enzima presente no músculo cardíaco. Geralmente se pede seu exame para confirmar infarto agudo do miocárdio. No entanto, também pode ocorrer liberação por dano muscular (na injeção intramuscular), o que não significa que a pessoa teve um infarto. Portanto, se o médico desconfia de um infarto, precisa saber se o indivíduo está fazendo uso de injeção intramuscular. A enzima permanece alta durante 3 a 4 dias, depois retorna ao normal.

  Escolha da Via

o   Objetivo terapêutico;

o   Características próprias do fármaco;

o   Conveniência do paciente;

o   Factibilidade nos serviços de saúde.

Equivalentes farmacêuticos:

Quando os fármacos apresentam as mesmas quantidades e concentrações dos mesmos princípios ativos, mesma forma farmacêutica e idêntica via de administração.

Resumo vias adm

Resumo Vias de Administração. Fonte: Daniela Delwing de Lima, 2013 (apresentação ppt feita em sala.
















Links Externos:

  1. Administração de Medicamentos
  2. Vídeoaula
  3. Erros Mais Comuns e Fatores de Risco na Administração de Medicamentos em Unidades Básicas de Saúde


 Referências


  • FUCHS, Flávio Danni; WANNMACHER, Lenita. Farmacologia Clínica: fundamentos da terapêutica racional. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
  • GOODMAN, L.S; GILMAN, A. (eds.). As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12. Ed. Porto Alegre: Editora McGraw Hill, 2012.
  • MARTINS, Lisiane. Anotação da aula da Disciplina de Farmacologia. UNIVILLE. 13/03/2013.
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